AMARGO, gosto e palavrinha difícil

uma pequena divagação embasada a respeito do tema o amargo na cerveja.

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1. O balanço dum sabor difícil

Glynn Christian, em seu “Como Cozinhar sem Receitas” (Gutenberg, 2012, trad. Eliza Nazarian), elabora algumas questões interessantes a respeito do gosto amargo, que aproveito nestes parágrafos. Tudo bem que, após a nossa segunda reunião no Hussardos, o Dan veio corrigir muitas coisas que constam nesse livro e fiquei assim meio sem chão. Enfim, tentei separar joio, trigo, vamos lá:

Inicialmente, situemos o amargo. Se você tem dificuldade em diferenciar o amargo do azedo, prove uma geleia de laranja caseira e confira a sequência ‘narrativa’ – primeiro sentirá o doce e logo o azedinho, daí você perceberá o amargo na boca inteira, responsável pelo ‘aspecto’ do sabor da geleia como um todo. Foi? E não é uma delícia? Se fosse um perfume, diria que o amargo constituiria a nota de fundo da fragrância, pois mais tempo permanece.

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